quarta-feira, 11 de maio de 2016

                                             " Respeitar é preciso "


         O risco das orientações superficiais, como exigir que as crianças peçam desculpas automaticamente depois de algum conflito, pode cristalizar práticas estereotipadas se o cuidado e o respeito para com o outro não forem valores realmente vivenciados e observados por elas no cotidiano. 
        Desculpas e agradecimentos podem se tornar expressões verbais, vazias de sentido, utilizadas apenas formalmente. Se o exercício da violência moral ocorre de forma reiterada e com razoável frequência nas instituições escolares, é importante evitar uma interpretação simplista, atribuindo essa prática a um ou dois alunos “vilões” e sair em sua busca pelos corredores da escola.
          Mais produtivo, é olhar para a complexidade da situação e para os valores que são transmitidos pela escola e reproduzidos pelos alunos, expostos em muitos contextos: nas escolhas curriculares e na forma de apresentá-las; nos instrumentos de avaliação; na maneira como os adultos se dirigem aos alunos; nos cuidados que demandam,  tanto do ponto de vista da aprendizagem, quanto ao que se refere às relações interpessoais.


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